A Executiva Nacional do União Brasil acionou o mecanismo que pode culminar na
expulsão do presidente do partido, o deputado Luciano Bivar (PE). A ação surge
após sérias acusações de uso indevido do partido para fins pessoais, visando a
perseguição de Antônio de Rueda, o primeiro vice-presidente, e de seus
familiares, em uma trama que envolve até ameaças de morte.
O foco do problema está nas alegações de que Bivar estaria "utilizando a
estrutura partidária em uma campanha de perseguição", com episódios que incluem
desde ameaças de morte até um incêndio suspeito que destruiu a casa de praia da
família de Rueda em Pernambuco. As investigações, ainda em curso pela Polícia
Civil, ganharam força com a contratação de uma perícia independente por parte
de Rueda, cujos resultados preliminares apontam para incêndio criminoso.
Luciano Bivar, agora sob a mira da própria sigla, tem um prazo de 72
horas para apresentar sua defesa. A deliberação sobre seu futuro — possível
afastamento e expulsão — dependerá de uma análise detalhada das evidências
apresentadas, com uma reunião subsequente da Executiva marcada para bater o
martelo sobre o caso.
Em meio ao tumulto, Antônio de Rueda pode vir a assumir a liderança do
União Brasil, colocando mais lenha na fogueira do já acirrado debate interno.
Bivar, por sua vez, se diz traído e promete recorrer às instâncias partidárias
e judiciais necessárias para contestar as acusações.
A situação escalou rapidamente após a convenção nacional do partido no
fim de fevereiro, que viu Rueda ser eleito como o novo presidente, um resultado
que Bivar vem contestando vigorosamente. ACM Neto, secretário-geral da sigla,
assegura que o estatuto do partido será seguido à risca, destacando a confiança
no processo democrático e legal.
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