A escolha do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) como presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados reverberou até o Palácio do Planalto, gerando desconforto no presidente Lula (PT), que agora considera restringir a liberação de emendas parlamentares do Ministério da Educação aos deputados que apoiaram Nikolas. Lula busca, dessa forma, impor um bloqueio aos recursos do MEC no Congresso, em resposta direta à eleição de Ferreira.
O presidente também espera que o ministro da Educação, Camilo Santana, intensifique a firmeza nas negociações com o Congresso Nacional. Santana, cuja atuação tem sido marcada pela discrição, é pressionado a adotar uma postura mais rígida nas conversas, especialmente em relação ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Na quarta-feira (07/03), após a eleição de Ferreira no dia anterior, o ministro Santana reconheceu a independência da Câmara na escolha dos presidentes das comissões, expressando o desejo de que o novo presidente contribua positivamente. "A Câmara tem autonomia para escolher quem quiserÂ… espero que possam colaborar", declarou ele.
A nomeação de Nikolas pelo PL, que detém a maior bancada da Câmara e, portanto, a prerrogativa de indicar presidentes de comissões, foi vista como um desafio ao governo. Apesar da controvérsia, figuras proeminentes do PL, como Domingos Sávio (PL-MG) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), asseguram que Ferreira manterá um canal aberto ao diálogo com todos os espectros políticos durante seu mandato na comissão.
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