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Entenda

Enterro de cacique em Brumadinho é suspenso por decisão judicial, Entenda



A mineradora multinacional Vale recorreu à Justiça Federal e conseguiu autorização para impedir o sepultamento do cacique Merong Kamakã Mongoió, encontrado morto na segunda-feira (4/3), em Brumadinho, Minas Gerais.

A Vale move uma ação de reintegração de posse das terras, onde as famílias Kamakã Mongoió vivem desde meados de 2021. Porém, a decisão não foi capaz de interromper o enterro do cacique, que ocorreu na madrugada desta quarta (6/3), em Brumadinho.

"Defiro […] que seja impedida a realização do sepultamento do Sr. Merong Kamakã, nas terras objeto desta ação, ante a notória controvérsia acerca da titularidade das terras objeto desta ação", diz trecho de documento.

Publicada na noite de terça (5/3), a decisão assinada pela juíza federal Geneviève Grossi Orsi, da 8ª Vara Federal Cível de Belo Horizonte, ainda autoriza que as polícias Federal e Militar atuem para impedir o enterro do líder indígena. A informação é do G1.

Morte de cacique Merong

Segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o caso de Merong trata-se de um suicídio. Ao Metrópoles, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) disse que mantém diálogo com a Polícia Federal (PF) "a fim de elucidar os fatos" do incidente.

Merong era conhecido como líder da retomada Kamakã Mongoió em Casa Branca, Brumadinho, Minas Gerais. Natural de Contagem, também em Minas, ele se mudou para a Bahia na infância.

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) lamentou a morte do líder indígena e prestou solidariedade. Em nota, a Funai disse que: "Para o cacique, a terra significava vida e espiritualidade, razão para defendê-la ao máximo e em qualquer circunstância".

agoranoticiasbrasil.com.br

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