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Justiça Federal

Justiça Federal torna réus brasileiros com suposto envolvimento com o Hezbollah


Membros do Hezbollah seguram bandeiras com o símbolo do grupo próximos à fronteira de Israel - Foto: REUTERS/Aziz Taher

A juíza federal Raquel Vasconcelos Alves de Lima, do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) e determinou que os brasileiros Mohamad Khir Abdulmajid e Lucas Passos Lima se tornem réus. Ambos são suspeitos de ligação com o Hezbollah, organização militante xiita libanesa.

Abdulmajid é acusado de recrutar brasileiros para o Hezbollah e está foragido desde novembro de 2023, quando a Operação Trapiche foi deflagrada. O suspeito teria deixado o Brasil com destino a Beirute, Líbano, e não há registro de seu retorno. Seu mandado de prisão preventiva consta na lista de difusão vermelha da Interpol.

Já Lucas Passos Lima encontra-se detido preventivamente no Centro de Detenção Provisória de Guarulhos (SP). Ele é investigado por sua suposta vinculação ao Hezbollah e por ter viajado ao Líbano para interação com o grupo, embora negue qualquer envolvimento.

A audiência de instrução e julgamento de Lima está marcada para o dia 21 de março, às 14h, onde ele será interrogado por videoconferência, e testemunhas serão ouvidas.

A juíza determinou também o desmembramento das investigações, atendendo a um pedido da Polícia Federal, para que novos inquéritos sejam abertos contra outros suspeitos ligados ao Hezbollah. A decisão destaca que outros brasileiros foram identificados como alvos dos recrutamentos pela organização terrorista.

A magistrada ressaltou que o perfil dos supostos recrutados levantou suspeitas, devido à ausência de vínculos com o país, condições financeiras para viagens internacionais, algumas realizadas múltiplas vezes em curtos períodos, e antecedentes criminais.

As investigações continuam, com diligências pendentes e expedição de ofícios para empresas responsáveis por passagens adquiridas pelos investigados. Até o momento, não foi possível obter contato com as defesas dos acusados.

A CNN continuará acompanhando o desdobramento do caso, mantendo espaço aberto para atualizações e posicionamentos das partes envolvidas.


Com informações da CNN Brasil.

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