O deputado estadual Caporezzo, do PL, apresentou um projeto na
Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na tarde desta quinta-feira, 22,
para que o presidente Lula (PL), seja declarado "persona non grata" no estado.
A ação leva em conta a repercussão da fala do presidente, que comparou
os ataques de Israel em Gaza ao Holocausto.
"Comparar a luta legítima do Estado de Israel contra as forças
terroristas do Hamas com o que a Alemanha Nazista fez ao matar 6 milhões de judeus,
não é apenas uma desonestidade histórica por parte do presidente Lula, mas
constitui-se em um grandioso desrespeito para com o Estado de Israel, além de
ser uma conduta que só pode ser justificada por uma mente antissemita", diz o
parlamentar em seu projeto.
Declaração simbólica
De acordo com o projeto do deputado, declarar o presidente como "persona
non grata" no estado não lhe impediria de vir a Minas Gerais, mas serviria para
expressar o descontentamento com suas falas.
"O projeto não implica restrições de locomoção ou outras penalidades,
visa assegurar a conformidade com a Constituição Federal, ao mesmo tempo em que
permite ao Estado de Minas Gerais expressar sua posição diplomĂĄtica e seu
reconhecimento à solidariedade internacional e a Israel".
"Persona non
grata" em Israel
Juridicamente e diplomaticamente, a declaração do governo israelense faz
com que caso Lula visite o país, ele deixe de desfrutar os privilégios que o
cargo de presidente do Brasil lhe confere em sua visita.
Ou seja, se o presidente viajar para lĂĄ hoje, precisaria agir como uma
pessoa comum até no aeroporto, pegando filas na imigração, por exemplo. Mesmo
assim, ele não poderia ser proibido de entrar no país e nem poderia ser
expulso.
Fonte: Gazeta Brasil