Reformas foram realizadas em um alojamento no Comando Militar do
Planalto, situado no Quartel General do Exército (QG) em Brasília, para
acomodar possíveis prisões de militares de alta patente. Uma fonte do Exército
confirmou esta informação à revista Veja na quarta-feira (21).
Segundo o veículo, o objetivo da medida é assegurar melhores condições
para os detentos, em conformidade com as normas do Supremo Tribunal Federal
(STF), que realiza inspeções nas unidades prisionais após as prisões.
"A gente precisa se preparar. Pela antiguidade da pessoa presa, é
preciso que a gente tenha uma estrutura melhor, até porque sofremos inspeção do
STF, logo após as prisões", disse um militar à revista.
Em termos militares, "antiguidade" é usada para descrever generais e
oficiais de alto escalão. Entre aqueles sob investigação no STF que podem se
beneficiar das atualizações no QG estão os generais Augusto Heleno, Walter
Braga Netto e outros militares pegos em conversas golpistas ou delatados por
Mauro Cid, ex-assistente de Bolsonaro que firmou um acordo de delação premiada
com a Polícia Federal.
A publicação também informa que apoiadores do próprio Bolsonaro,
conscientes da possibilidade de um mandado de prisão, veem o Quartel General do
Exército como o local mais apropriado para abrigar o ex-presidente, se essa
situação se materializar. Dentre os investigados pelo Supremo Tribunal Federal
(STF), se encontram personalidades como os generais Augusto Heleno, Walter
Braga Netto e outros militares, envolvidos em supostas trocas de mensagens com
conteúdo golpista ou citados por Mauro Cid, ex-assistente de Bolsonaro que
cooperou com a Polícia Federal.
Gazeta Brasil/Hora Brasilia