Uma família teria sido feita refém pelos dois fugitivos da penitenciária federal de Mossoró (RN) na noite desta sexta-feira (16). De acordo com fontes da RECORD, os criminosos invadiram uma casa, onde ficaram por cerca de quatro horas, pediram comida e roubaram um celular, depois foram embora. As informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.
Segundo relatos, os dois fugitivos estavam sujos e vestindo parte do uniforme da penitenciária quando invadiram a casa da família, localizada a cerca de 15 km da prisão. Mais de 300 agentes estão envolvidos na busca pelos criminosos.
Na sexta-feira, foram encontradas outras pistas sobre o paradeiro deles, incluindo pegadas, calçados, roupas, lençóis e uma corda, além de uma camiseta do uniforme da penitenciária, em uma área de mata. Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Deisinho. Segundo as investigações, eles são ligados ao Comando Vermelho.
Os detentos tiveram acesso a ferramentas usadas na reforma pela qual a unidade passa. Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, uma "série de fatores" levou à fuga, como falhas de construção da estrutura prisional e falta de funcionamento de câmeras e lâmpadas.
A fuga é a primeira desde a implementação do SPF (Sistema Penitenciário Federal) no Brasil, em 2006.
Entenda
No presídio federal, a rotina de um preso, geralmente, é diferente do dia a dia nas unidades prisionais comuns. Ao chegar à penitenciária, o detento passa 20 dias em uma cela de inclusão, separada daquelas que são definitivas.
"Tais celas permitem que os agentes federais de execução penal expliquem toda a nova rotina para o custodiado, além de realizar a entrega de documento impresso que contém todos os direitos e deveres", afirma o governo federal.
Assim que chega à penitenciária, o preso recebe um kit com uniformes (bermuda, calça, camiseta e blusa de inverno) e materiais de higiene pessoal — escova e pasta de dentes, sabonete, desodorante e toalha.
No período de inclusão, a equipe de assistência também avalia todo o quadro clínico do preso, o que inclui, por exemplo, se ele precisa de atendimentos especiais ou se tem restrições alimentares. Caso necessário, o custodiado já recebe medicações, além da coleta de material para exames laboratoriais.
Dentro da unidade federal, uma comissão técnica elabora o programa individualizador da pena, para planejar e ofertar oportunidades adequadas ao perfil de cada um. Também é verificado se a pessoa tem todas as documentações pessoais — em caso contrário, em tempo adequado, é realizada ação conjunta com outros órgãos para emissão de novos documentos.
Ainda na inclusão, é explicado como será o contato com familiares e os atendimentos com advogados. Nas penitenciárias federais, as visitas são restritas ao parlatório e por videoconferência, destinadas, exclusivamente, à manutenção dos laços familiares e sociais. O preso conta com atendimento também de assistentes sociais.
A rotina do custodiado em um presídio federal segue a agenda de atendimentos de saúde, educacionais, jurídicos, de visita e banho de sol. Depois do processo de inclusão, o detento é alocado nas celas individuais.
Durante o banho de sol, toda a movimentação é acompanhada, inclusive, por videomonitoramento. As atividades educacionais são educação básica (alfabetização e ensinos fundamental e médio) e ensino profissionalizante com acompa
Fonte: Portal Correio