A polícia russa deteve mais de 100 pessoas durante as manifestações em
homenagem a Alexei Navalny. O opositor de Vladimir Putin teve sua morte
anunciada nesta sexta-feira, 16.
De acordo com balanço divulgado na manhã deste sábado pelo grupo de
defesa dos direitos humanos OVD-Info, mais de 101 pessoas foram detidas em dez
cidades russas, a maioria em São Petersburgo.
Russos saíram às ruas em diversas cidades para levar flores em homenagem
ao dissidente Alexei Navalny, que morreu em uma colônia penal na Sibéria.
Em Moscou, um dos pontos escolhidos foi a Pedra de Solovetsky, que fica
na praça Lubyanka. O monumento, na frente do prédio da agência de inteligência
FSB (antiga KGB) foi construído para lembrar das vítimas da repressão política.
Navalny era o mais conhecido opositor de Putin e era muito popular. Sua
fundação contra a corrupção, a FBK, chegou a ter escritórios em quarenta
cidades da Rússia. Navalny também foi central em convocar protestos contra o
governo.
Após a morte do opositor, diversos líderes do Ocidente responsabilizaram
o autocrata Vladimir Putin pela morte.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou: "Não se engane:
Putin é o responsável pela morte de Navalny".
Já o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que "é óbvio" que
Navalny "foi morto por Putin".
Como mostramos, o Itamaraty não deve se pronunciar sobre a morte do
opositor russo, que, segundo a narrativa do Kremlin, "colapsou durante uma
caminhada" na colônia penitenciária onde estava preso.
A informação foi confirmada por O Antagonista com fontes ligadas ao
Itamaraty.
A postura, se mantida, condiz com a corrupção da política externa
brasileira pelas afinidades ideológicas do assessor especial Celso Amorim,
aliado de Putin. Amorim chegou a visitar a Rússia em abril de 2024 e, apenas
depois de sofrer pressão da imprensa, viajou à Ucrânia, já em maio e depois de
menosprezar o massacre de Bucha.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br