O advogado de Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, afirmou que
"provou" que o Supremo Tribunal Federal (STF) "não tem nada contra" o
ex-presidente.
Segundo Wajngarten, a suposta probação de um golpe, que foi encontrada
na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília, na verdade é uma cópia impressa
de um arquivo que estava armazenado no celular do tenente-coronel Mauro Cid,
ex-assistente de ordens do ex-presidente. As declarações foram dadas ao site
Poder360, na sexta-feira 9.
"Acho que o dia de ontem começou ruim e
terminou melhor", disse Wajngarten. "Isso porque não tínhamos inicialmente
acesso aos autos e depois desmentimos que o tema da tal minuta seria novo. A
Polícia Federal (PF) bateu o pé, mas provamos que o conteúdo é o mesmo do que
foi encontrado com Mauro Cid."
Wajngarten declara que Bolsonaro é contra qualquer
uso de força
O representante legal de Bolsonaro também afirmou que o vídeo que embasou
a operação Tempus Veritatis da PF é a "materialização completa de que o
presidente jamais apoiou qualquer ato que fosse fora das quatro linhas da lei".
"Trata-se de uma demonstração clara,
direta e objetiva que o presidente nunca concordou ou apoiou nada que não fosse
republicano", disse Wajngarten. "Todas as opiniões dele são públicas,
noticiadas e conhecidas. Não tem nada escondido, pois faz parte do jogo
político."
Na sexta-feira, o ministro do STF Alexandre de
Moraes suspendeu o sigilo do vídeo. Wajngarten comentou o conteúdo do
vídeo em suas redes sociais, onde afirmou que "ficou absolutamente claro que o
presidente condena e rejeita qualquer uso da força."
Na quinta-feira, dia 8, uma operação da PF direcionada a Bolsonaro e
seus aliados foi autorizada por Moraes. Na decisão, o ministro afirmou que o
ex-presidente teria "redigido e ajustado" um decreto solicitando a prisão de
autoridades e a convocação de novas eleições.
O documento da Polícia Federal indicou
que Bolsonaro chamou para reuniões militares de alta patente do Exército para
discutir sobre um regime de exceção. O edital supostamente teria determinado a
detenção dos ministros do Supremo Tribunal Federal, Moraes e Gilmar Mendes, bem
como do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Também estava nos planos
convocar novas eleições.
As informações são da Revista Oeste.