O Exército de Israel informou
neste sábado (10) que em manobras aéreas recentes sobre Rafah conseguiu abater
dois membros de alta patente da milícia terrorista palestina Hamas. Em um
comunicado, as Forças de Defesa detalharam que se tratava de Ahmed Eliakubi e
Iman Rantisi.
Eliakubi era responsável por garantir a segurança dos principais
líderes do Hamas e também atuava como comandante principal nesta populosa
cidade fronteiriça com o Egito. Por sua vez, Rantisi ocupava um alto cargo no
Departamento de Investigações da Segurança Geral da milícia terrorista e era um
operador militar na guerra.
Junto a eles, as Forças de Defesa conseguiram eliminar nesta
operação um terceiro indivíduo, "outro policial do Departamento de Polícia do
distrito de Rafah", segundo nota do ministério militar.
Embora
muitos detalhes da manobra não sejam conhecidos, acredita-se, a partir de um
vídeo divulgado pelo Exército, que tenha sido um bombardeio contra um veículo
das forças de segurança locais.
A notícia veio a público em um momento em que Israel lançou avisos
aos cidadãos de Rafah para evacuarem a área, ante o iminente avanço de suas
tropas sobre esta região ao sul do enclave.
Na véspera, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou a seus
oficiais que elaborem um plano para expandir a ofensiva até Rafah, onde –
afirma – ainda existem quatro batalhões do Hamas. Inclusive, o governante
assegura que ali está o último bastião da milícia terrorista e, por isso, é
fundamental que reforce sua presença ali com uma "operação massiva" para
completar seu plano de guerra e erradicar o grupo.
O pedido provocou críticas na comunidade internacional, que
alertou para a crise humanitária que poderia desencadear na zona, dada a alta
presença de civis que evacuaram para essa região diante dos combates dos meses
anteriores. Estima-se que cerca de 1,5 milhões de palestinos estejam amontoados
na cidade.
Por sua parte, o Egito assegurou estar em estado de alerta e
ordenou um reforço de militares e operações de segurança visando "enfrentar
possíveis emergências" que possam surgir.
"O Egito não tolerará, sob nenhuma circunstância, ataques ou
lançamentos de mísseis contra a passagem ou a barreira fronteiriça", disseram
fontes do Cairo, que condenaram a iniciativa israelense como parte de uma
"política sistemática para deslocar" os palestinos.
Paralelamente, Israel mantém seus enfrentamentos com a milícia
terrorista xiita libanesa Hezbollah, com quem teve neste sábado mais um dia de
combates.
As IDF informaram de pelo menos dois mortos em uma operação com
drones na região de Jadra, ao norte da cidade sulista de Sidon e 30 quilômetros
ao sul de Beirute, onde costumam concentrar-se as hostilidades inimigas.
Conforme especificado pelo grupo pró-iraniano, uma das vítimas foi o cidadão
Khalil Fares.
Fonte: Gazeta Brasil