O encontro dos presidentes da República e da Câmara, nesta sexta (9), teve um
significado: Lula (PT) "amarelou", após o duro discurso de Arthur Lira (PP-AL)
na reabertura do Legislativo, advertindo-o para "não subestimar" sua
autoridade. O petista captou a mensagem e sinalizou na conversa com Lira,
segundo fontes do governo, que não irá se opor à derrubada do próprio veto de
R$5,4 bilhões das emendas parlamentares de comissões, equivalentes a 10% do
total de mais de R$53 bilhões.
João-sem-braço
O sinal para o encontro foi do próprio Lula, durante entrevista em Minas
quando afirmou que "se houve um acordo, temos de cumprir".
Se colar, colou
A afirmação malandra arrancou risadas Lira, sabedor de que foi de Lula a
decisão do veto parcial, para "lacrar" contra as emendas. Mas não colou.
Padilha na chuva
O acordo foi fechado em nome de Lula pelo ministro Alexandre Padilha,
que, desautorizado pelo veto, ficou mal perante Lira e os parlamentares.
Entregando os pontos
Lula vetou ainda o calendário obrigatório de liberação das emendas, a
maior parte até o julho, mas também já não se importa com a derrubada.
Diario do Poder