O coronel do Exército Brasileiro Bernardo Romão Corrêa Neto (foto em destaque),
um dos alvos da megaoperação Tempus Veritatis da Polícia Federal (PF),
entregou-se nesta quinta-feira (8/2), após descobrir sobre o mandado de prisão
preventiva em aberto contra ele.
O investigado é apontado como um dos integrantes do núcleo que tentou
dar um suposto golpe de Estado no país e anular o resultado das eleições de
2022.
A coluna Na Mira apurou que Bernardo foi designado para participar de
missão nos Estados Unidos – com todas as despesas cobertas pelo Comando do
Exército Brasileiro –, na cidade de Washington D.C., até junho de 2025.
A permanência do investigado em solo estrangeiro por mais um ano e meio,
somada às circunstâncias da designação da missão – publicada apenas no fim do
governo de Jair Bolsonaro (PL) – demonstram fortes indícios de que Bernardo
teria agido para evitar as investigações e, consequentemente, a aplicação da
lei penal. Para a PF, esses fatos justificam a decretação da prisão preventiva
do militar.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a necessidade da medida
com base em evidências da participação dele em atividades relacionadas a uma
suposta tentativa de golpe de Estado, à época em que era assistente do
Comandante Militar do Sul.
Interceptações telefônicas no aparelho de Mauro César Cid, ex-ajudante
de ordens de Bolsonaro, revelaram que Bernardo intermediou uma reunião para
selecionar oficiais com habilidades militares específicas, em novembro de 2022;
redigiu uma carta de pressão destinada ao então o Comandante do Exército, Marco
Antônio Freire Gomes; e atuou como um homem de confiança em tarefas fora do
Palácio da Alvorada.
A investigação identificou que Bernardo agia como homem de confiança de
Mauro Cid e executava tarefas que o então Ajudante de Ordens da Presidência da
República não conseguiria desempenhar, em virtude do ofício.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br