Nesta quinta-feira (8/2), a PF deflagrou a Operação Tempus Veritatis, para investigar organização criminosa que atuou em uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado DemocrĂĄtico de Direito, com objetivo de manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.
Agentes da PF foram até a casa do ex-presidente em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, e deram 24 horas para que ele entregasse o passaporte para a corporação. Além disso, ele estĂĄ proibido de manter contato com os demais investigados na ação.
Em publicação no X (antigo Twitter), o líder do PL no Senado Federal, Carlos Poritnho (PL-RJ, foto em destaque), afirmou, sem citar Bolsonaro, que o inquérito que investiga o ex-presidente "acua, persegue, silencia e aplaca a oposição no Brasil".
"O regime instalado no país, a partir de um inquérito sem precedentes num Estado de Direito, avança ainda mais sobre lideranças da oposição, avança sobre um partido político e sobre inclusive membros das Forças Armadas e a própria", escreveu.
Portinho continuou: "Agoniza a democracia brasileira! Não hĂĄ quem pare o regime e toda sorte de violações a liberdade, aos direitos e garantias constitucionais sobre pessoas e partidos".
Os líderes da oposição na Câmara e no Senado, Carlos Jordy (PL-RJ) e Rogério Marinho (PL-RN), ainda não se posicionaram publicamente sobre a investigação, assim como o líder do PL na Câmara, Altineu Cortes (PL-RJ).
Outros parlamentares reforçaram a perseguição da Justiça contra o Partido Liberal. Nas últimas semanas, deputados e senadores criticaram o Supremo Tribunal Federal (STF) pela autorização de investigações contra os deputados Carlos Jordy e Alexandre Ramagem (PL-RJ).
"Bolsonaro também foi alvo de perseguição. Seja forte, meu presidente Jair Bolsonaro! O medo de sua popularidade estĂĄ evidente. primeiro foi após uma live de muito sucesso. Agora, após uma manifestação pacífica lotada de patriotas. A democracia relativa segue a todo vapor", escreveu o deputado Messias Donato (Republicanos-ES).
A deputada Carol de Toni (PL-SC) também fez críticas à operação. "A perseguição contra a direita não tem limites. Depois de operações contra Carlos Jordy, Carlos Bolsonaro, a parte trĂȘs da tentativa para incriminar Bolsonaro e aliados, por qualquer razão que seja, continua", escreveu em uma rede social.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou que o sentimento após a operação é de "indignação". "Sabemos como funciona o mecanismo. Muitos não acreditavam quando a gente falava e agora estão vendo tudo acontecer. Que Deus tenha misericórdia do nosso país", escreveu no X.
Outro parlamentar que reforçou a narrativa de perseguição foi Sóstenes Cavalcante (PL-AL). "Mais um capítulo da perseguição contra a oposição e contra o presidente Jair Bolsonaro. Tudo isso para tentar fundamentar um golpe que nunca existiu", publicou em uma rede social.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br