O vice-presidente Geraldo Alckmin é praticamente carta fora do baralho
para uma disputa presidencial em 2026, informa o jornal O Globo desta
segunda-feira. O atual ministro da Indústria e Comércio não é visto como
aliados de Lula como um nome que agregue ao atual presidente da República nas
próximas eleições gerais.
"Os problemas de Alckmin, no entendimento de integrantes de seu grupo,
começam porque a sua presença na chapa presidencial de 2026 não pode ser dada
como certa. Desde o ano passado, o PT passou a propagar que a candidatura de
Lula à reeleição está garantida. Mas em relação ao vice, há uma divisão. Uma
parte do entorno do presidente considera provável a manutenção da dobradinha, e
outra prevê uma conjuntura daqui a dois anos que exija outro nome", informa o
jornal.
Essa conjuntura tem relação direta com o peso político do PSB diante de
outros partidos. Hoje, os socialistas têm apenas 14 assentos na Câmara dos
Deputados. Outras siglas como PSD e MDB tem pelo menos 30 deputados. E há uma
pressão de caciques partidários de PSD para ter um maior peso junto ao governo
Lula.
O presidente do MDB, Baleia Rossi, por exemplo, disse na semana passada
que não garante o apoio incondicional do partido em uma eventual disputa
presidencial. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, tem feito acenos
importantes ao Republicanos de Marcos Pereira, e sinaliza que pode também
lançar um candidato em 2026.
"Não está definido. Temos três dos melhores ministros, isso é
importante, nos dá uma condição de colaborar com a agenda do país. Se olharmos
para as pautas prioritárias do governo, muitas foram encampadas pelo MDB, como
a reforma tributária, que é de minha autoria e relatoria do senador Eduardo
Braga", disse o presidente do MDB em entrevista a O Globo concedida no final de
janeiro.
Eis um triste fim para o doutor Geraldo Alckmin.
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