O governador de São Paulo,
Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (31) que pediu
ao governo federal a não prorrogação do contrato de concessão de distribuição
de energia com a Enel.
Durante uma coletiva de imprensa, Tarcísio destacou a necessidade
de uma revisão nos parâmetros e exigências do novo contrato, afirmando que o
modelo atual não é viável. "Não dá simplesmente para prorrogar o contrato com
uma empresa que não corresponde, que não faz o investimento necessário",
ressaltou o governador.
Ele também afirmou que não descarta a possibilidade de abrir um
processo de caducidade do contrato, que encerraria a concessão antes do prazo
previsto.
"Acho que vale, sim, abrir um processo de
caducidade (extinção do contrato), mas, vamos lá, um processo desse é longo,
leva dois, três anos. Vai praticamente coincidir com o térmico do contrato. O
que é importante, é garantir que a gente vá fazer uma nova licitação, de alguém
que esteja disposto a fazer investimento, investir em resiliência de rede e
fazer a diferença, o que não está sendo o caso da Enel hoje", pontuou o
governador.
A Enel assumiu as operações em São Paulo em 2018, adquirindo ações
da então Eletropaulo Metropolitana. O contrato de concessão para parte da
região metropolitana está em vigor até 2028. Apesar de ser uma concessão
federal sob a responsabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
o estado exerce papel relevante na gestão dos serviços, incluindo a aplicação
de multas e sanções à empresa.
Gazeta Brasil