Nesta terça-feira (23/5), o ex-ministro da Justiça e atual senador Sergio Moro concedeu uma entrevista ao programa Estúdio I, da GloboNews, na qual afirmou categoricamente que não se considera bolsonarista. Moro, que atua como senador pelo partido União-PR, concordou que apoiou Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais e que o faria novamente quantas vezes fosse necessário, mas afirmou que seu apoio se dá em oposição a Lula, e não por causa ideológica .

O ex-juiz federal comparou o esquema de corrupção revelado na Operação Lava Jato, especialmente no que diz respeito à Petrobras, com a investigação de fraudes no cartão de vacinação do ex presidente Bolsonaro. Essa comparação visa destacar a gravidade dos casos de corrupção e fraude, ressaltando a importância de se manter uma postura crítica em relação a ambos os governos.

"Não sou de forma nenhuma. Apoiei Bolsonaro no segundo turno e faria quantas vezes fosse necessário em oposição ao Lula", disse Moro

Moro enfatizou que seu apoio a Bolsonaro se deu por temer um retrocesso no país caso Lula retornasse ao poder. Ele explicou que, no segundo turno da eleição, quando não havia outras opções, decidiu apoiar Bolsonaro como uma medida para evitar o que considera retrocessos políticos e ideológicos representados pelo governo do PT. Segundo o senador, existe uma bancada de oposição ao governo do PT que desempenha um papel fundamental na preservação de conquistas e avanços obtidos nos últimos anos.

É importante destacar que as declarações de Sergio Moro refletem sua posição pessoal e política, e não representam necessariamente a opinião de todos os membros de seu partido. O posicionamento do senador reforça a divisão política atualmente presente no país, em que figuras públicas e partidos se alinham em uma clara oposição entre Lula e Bolsonaro, buscando evitar retrocessos e seguir em suas agendas políticas.

A entrevista de Sergio Moro ao programa Estúdio I traz à tona a complexidade das relações políticas e ideológicas no Brasil. Suas declarações deixam claro que, embora tenha apoiado Bolsonaro em um momento específico, sua motivação foi a oposição ao retorno de Lula ao poder. Esse posicionamento revela a se compreender as nuances do cenário político nacional e as estratégias adotadas por diferentes atores em busca de seus objetivos políticos.

Fonte: Hora Brasilia