Dois
homens, de 22 e 27 anos, que foram presos em flagrante após agredirem membros do
Movimento Brasil Livre (MBL) na Avenida Paulista, em São Paulo, conseguiram
liberdade provisória nesta segunda-feira (29). As vítimas, de 33 e 39 anos, estavam
coletando assinaturas para um abaixo-assinado quando foram atacadas.
Segundo
informações do Tribunal de Justiça, Victor Gabriel e Rogério Silva terão que
cumprir uma série de medidas para manter o benefício, incluindo comparecimento
mensal em Juízo, manutenção do endereço atualizado, proibição de ausência da
Comarca por mais de oito dias sem prévia comunicação ao Juízo, recolhimento
domiciliar noturno e nos dias de folga, além da monitoração eletrônica.
Vinicius
Marzo Almeida da Silva e Felipe Bezian Zeni, que estavam coletando assinaturas,
registraram um boletim de ocorrência detalhando o ataque. De acordo com vídeos
divulgados pelo MBL, um dos agredidos precisou ser levado a um pronto-socorro e
levou pontos na testa, enquanto o outro militante também sofreu cortes na testa
e na orelha.
O
MBL anunciou a intenção de acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para
colaborar na investigação contra os agressores.
Renan
Santos, coordenador nacional do MBL, compartilhou a seguinte mensagem em seu
perfil no X, antigo Twitter:
Amigos,
como é sabido, os dois criminosos que tentaram matar nossos coletores foram
soltos hoje, e estão sob supervisão da justiça com tornozeleiras e uma série de
restrições. Ainda é pouco — existe um grupo criminoso ligado a esta extrema
esquerda de redes sociais, com vínculos partidários, disposto a prosseguir com
a violência política. A estratégia desse grupo criminoso é aumentar o acirramento
nas redes, fazendo piadas e justificando a tentativa de assassinato para
continuar incentivando os agressores em suas bases. Como vimos ontem, os
homicidas frustrados eram jovens problemáticos, com tatuagens de grupos
radicais no rosto, presença em grupos violentos e confrontos com polícia. Do
sofá, os influenciadores justificam o crime; na rua, os idiotas úteis o
cometem. Eu tenho responsabilidade pelas pessoas que trabalham conosco e não
vou entrar na pilha dessa gente. Nossas ambições são maiores que essa canalha.
Peço a quem nos segue que não perca seu tempo, agora, com as provocações dessas
figuras, mas sim que coletem provas e materiais da atuação conjunta deles. Já
temos bastante, mas quanto mais, melhor. Estamos recolhendo material probatório
não só para o inquérito que vai descobrir os mandantes desse crime político,
mas também para instruir uma série de ações que visam coibir a escalada de
violência da extrema-esquerda brasileira. É importante frisar: os grandes nomes
deste campo estão evitando participar desse jogo criminoso, deixando para
arraia miúda da esquerda o trabalho sujo que estamos vendo esse ano. Nosso jogo
não é com a escória. Para eles o camburão, a cadeia, a tornozeleira eletrônica.
Eles fedem a isso. Nosso foco é fazer oposição a este governo autoritário e
incompetente; a denunciar MST e seus crimes; a expor empresários ligados ao PT
como Rubens Ometto; a impedir que Boulos vença em São Paulo, assim como outros
candidatos ligados à quadrilha vermelha em todo o país. Não se deixem desviar.
E mais: vocês estão montando um partido. Uma nova Academia de Política. Um
livro de propostas para o Brasil. A única revista cultura de direita no país. A
Escola Superior de Líderes. Nosso horizonte é muito distante desses
homens-sarjeta, e dela nos distanciamos. Isso não é negar a luta: vamos pra
cima de todos que tentarem nos brecar. Mas é um alerta sobre FOCO. Boulos está
logo aí. A censura está logo aí. O resto, com todo o respeito, é resto.
Gazeta Brasil