Créditos: Rasi Bhadramani/istock
Os hormônios são mensageiros químicos ou neurotransmissores que têm influência direta na saúde. Eles também influenciam a função cerebral e a regulação do humor, da cognição e das respostas ao estresse.
Essa intrincada conexão significa que os desequilíbrios hormonais podem impactar significativamente a saúde mental, afetando tudo, desde a regulação emocional até a memória e os processos de tomada de decisão.
Conheça cinco hormônios e seu impacto na saúde do cérebro.
Os hormônios da tireoide ajudam a regular o metabolismo e a melhorar o desenvolvimento do cérebro, especialmente durante a infância.
Esses hormônios desempenham um papel crucial na manutenção da função cognitiva ao longo da vida. Baixos níveis de hormônios tireoidianos, como na hipotireoidismo, podem resultar em problemas de memória, dificuldades de concentração e lentidão mental.
O hipotireoidismo também está associado a sintomas como depressão, ansiedade e irritabilidade.
O cortisol é um hormônio produzido pela glândula adrenal em resposta ao estresse. Ele desempenha vários papéis importantes no organismo, incluindo a regulação do metabolismo, a resposta imunológica e a manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico. No entanto, quando os níveis de cortisol estão constantemente elevados devido ao estresse crônico, isso pode ter impactos significativos na saúde do cérebro.
O cortisol pode afetar a função cognitiva, especialmente a memória. Altos níveis de cortisol crônico têm sido associados a problemas de memória, dificuldades de concentração e redução da capacidade de aprendizado.
Esse hormônio também pode influenciar a neurogênese, que é o processo de formação de novos neurônios, e a plasticidade neural, que é a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar. Níveis elevados de cortisol podem inibir a neurogênese e afetar a plasticidade, o que pode ter consequências para o aprendizado e a adaptação cerebral.
Este hormônio ajuda a facilitar a absorção de glicose pelas células cerebrais e é importante para a memória e o funcionamento cognitivo.
O cérebro é altamente dependente de glicose como fonte de energia. A insulina facilita a entrada de glicose nas células, incluindo as células cerebrais. Isso é crucial para o metabolismo cerebral, e a falta de insulina ou resistência à insulina pode afetar negativamente a disponibilidade de glicose para o cérebro.
A insulina tem propriedades neuroprotetoras, o que significa que ela pode ajudar a proteger as células cerebrais contra danos e degeneração. Isso é especialmente relevante em contextos de lesão cerebral, estresse oxidativo e inflamação.
O estrogênio influencia a função cognitiva, incluindo a memória, a atenção e a velocidade de processamento mental. Durante a menopausa, quando os níveis de estrogênio diminuem, algumas mulheres podem experimentar mudanças cognitivas, como dificuldades de memória e atenção.
O hormônio também tem influência sobre a regulação do humor. Flutuações hormonais, como aquelas que ocorrem durante o ciclo menstrual, podem afetar o bem-estar emocional. A deficiência de estrogênio pós-menopausa também foi associada a um maior risco de depressão.
A progesterona é um hormônio esteroide que desempenha diversos papéis no corpo, incluindo o sistema nervoso central. Sua principal função está associada ao ciclo menstrual e à gravidez, mas ela também tem efeitos no cérebro.
Ela pode ter efeitos sedativos e ansiolíticos, contribuindo para o controle do humor e da ansiedade.
Assim como o estrogênio, a progesterona tem propriedades neuroprotetoras. Pode ajudar a proteger as células cerebrais contra danos causados por estresse oxidativo, inflamação e outros fatores que podem levar à degeneração neuronal.
Fonte: Créditos: Catraca Livre
