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Governo exonera

Governo exonera delegado investigado por espionagem na Abin de coordenação na PF


© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo federal retirou o delegado Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho do cargo de coordenador de Aviação Operacional da Polícia Federal em meio às investigações sobre o suposto uso irregular de um sistema da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para monitorar autoridades do país. A decisão foi oficializada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (26).

Anteriormente, Coelho já havia sido afastado de todas as funções públicas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O afastamento foi parte de uma medida que também envolveu outros agentes federais, atendendo a uma solicitação da própria Polícia Federal.

O delegado ocupava o cargo de secretário de Planejamento e Gestão da Abin durante a gestão do atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) como diretor-geral da agência. Ambos tiveram passagem pelo Palácio do Planalto no início do governo Bolsonaro, atuando como assessores especiais na Secretaria de Governo.

Ramagem também foi alvo da operação, que incluiu buscas em seu gabinete parlamentar, casa e escritório, além de endereços em outras localidades, como Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Após a deflagração da operação, Bolsonaro não comentou sobre o caso nas redes sociais, mas compartilhou um vídeo antigo no qual Ramagem afirma que o programa espião foi adquirido durante o governo de Michel Temer.

Em resposta, Ramagem classificou a operação como "perseguição" e negou ter tido acesso às senhas do sistema de monitoramento.

Gazeta Brasil

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