O presidente do Parlamento da Venezuela, Jorge Rodríguez, disse nesta
quinta-feira (25) que o presidente do país, Nicolás Maduro, será candidato à
reeleição nas eleições deste ano, previstas para o segundo semestre e que vão
determinar quem ficará na chefia do governo até 2030.
– Somos culpados de não aceitar, de não permitir, de revelar, de
desmantelar os planos que buscam o assassinato do presidente, que também é
nosso candidato – disse Rodríguez aos deputados, que começaram a aplaudir e a
gritar palavras de ordem a favor de Maduro.
Rodríguez fez esta declaração em meio a um debate legislativo sobre
planos de conspiração recentemente revelados que incluíam, de acordo com a
Promotoria do país, o assassinato de Maduro e de outras autoridades de alto
escalão do Estado.
O presidente do Parlamento se junta a Diosdado Cabello, primeiro vice-presidente do governista Partido Socialista Unido (PSUV), que tem afirmado repetidamente que Maduro, no poder desde 2013, será o candidato do chavismo este ano.
Porém, o próprio Maduro tem se recusado a confirmar se concorrerá a um terceiro mandato, considerando muito prematuro definir essa questão, como disse no início deste ano em entrevista à emissora estatal de televisão "VTV".
Nos últimos dias, o canal exibiu uma série de eventos nos quais
correligionários de Maduro – como é o caso de Rodríguez – garantiram que o
presidente concorrerá e vencerá as eleições deste ano, embora a data do pleito
ainda não tenha sido definida.
Do lado da oposição, a ex-deputada liberal María Corina Machado espera
que – por meio de negociação com o governo – a desqualificação que a impede de
ocupar cargos eletivos até 2030 seja suspensa.
Machado venceu em 22 de outubro, com 92,35% dos votos, as primárias
organizadas pela Plataforma Unitária Democrática (PUD), maior coalizão de
oposição, o que a torna a principal adversária do chavismo.
Fonte: *EFE