"O Brasil dĂĄ esse passo importante, mas é bom lembrar que essa é uma tecnologia que agrega com outras estratégias de combate ao mosquito da dengue e com todas as ações de controle e enfrentamento da doença. Ou seja, ela se junta. Uma mensagem importante que devemos passar é que não podemos abrir mão das outras estratégias. Mesmo as pessoas que são vacinadas também não podem abrir mão dos cuidados individuais e com o seu municĂpio", disse o diretor do departamento de Imunização e Doenças TransmissĂveis, Eder Gatti.
A pasta confirmou que serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etĂĄria que concentra maior nĂșmero de hospitalizações por dengue depois dos idosos. Com as 6,5 milhões de doses previstas para serem fornecidas em 2024 pelo laboratório Takeda, fabricante da Qdenga, 3,2 milhões de pessoas serão imunizadas este ano."A vacina é mais uma tecnologia. Não podemos abrir mão das outras estratégias. As pessoas serão vacinadas ao longo do ano, então, a gente espera um efeito acumulativo ao longo do tempo da vacinação. Ou seja, sobre o impacto imediato, a gente sabe que a vacina vai contribuir, mas isso tem algumas limitações", reforçou Gatti.
Em nota, o ministério destacou que evitar a proliferação do Aedes Aegypti segue como medida mais eficaz no combate à dengue, jĂĄ que as larvas se desenvolvem em ĂĄgua parada. "É preciso empenho da sociedade para eliminar os criadouros com medidas simples e que podem ser implementadas na rotina, como tampar caixas d'ĂĄgua e outros reservatórios, higienizar potes de ĂĄgua de animais de estimação, tampar ralos e pias, entre outras."
A pasta sugere que a população faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possĂveis focos de larvas. Além disso, é recomendado que as pessoas recebam bem os agentes de saĂșde e os agentes de combate às endemias. Por fim, recomenda-se como medida adicional de controle, o uso de repelentes e a instalação de telas mosquiteiras, especialmente em regiões com maior registro de casos.
Fonte: AgĂȘncia Brasil