Acusada de causar um prejuízo de mais de um R$1 milhão em mais de
30 vítimas, a mineira Jhose Campos Alves, de 45 anos, se tornou ré e vai
responder a um processo penal por crimes de estelionato na Justiça o Espírito
Santo, que decidiu ainda que ela deverá permanecer presa.
A decisão foi publicada no dia 18 de janeiro e o processo tramita
na 1ª Vara Criminal de Vitória.
Após ser indiciada pela Polícia Civil, Jhose foi denunciada pelo
Ministério Público do Espírito Santo (MPES) pelo delito de estelionato, artigo
171 do Código Penal, respondendo sete vezes pelo crime, e crimes contra o
patrimônio. Também foi solicitada a manutenção da prisão. Na possibilidade de
uma condenação, Jhose pode pegar até 35 anos de cadeia.
O advogado Marcos Giovani
Correa Felix, representante da ré, alegou que as ações praticadas pela suspeita
não podem ser consideradas estelionatos, mas desacordo comercial. O
profissional disse ainda a cliente sofre com uma doença chamada oniomania,
transtorno caracterizado pelo comportamento repetitivo de comprar e gastar
descontroladamente, havendo uma falha em resistir a esse impulso.
Jhose foi presa no dia 7 de dezembro em uma mansão localizada na
Ilha do Boi, bairro nobre de Vitória. Na casa em que ela foi encontrada foram
apreendidos móveis, itens de decoração, roupas e treze telas de pintura.
"Sabemos que 80% dos objetos da casa eram provenientes do crime de
estelionato praticado ao longo dos vários anos", disse o delegado na época.
Segundo a polícia, a Jhose primeiro realizava as compras com cheques
sem fundo ou alegava não ter crédito no cartão, e em seguida dizia estar
passando por problemas financeiros e não teria como pagar.
De acordo
com Polícia Civil, ela é conhecida como uma das principais praticantes desse
crime na Capital, e mantinha um estilo de vida luxuoso mantido pelas atividades
criminosas.
Responsável pela
investigação, o delegado Diego Bermond, titular do 3º Distrito Policial de
Vitória, disse que a estimativa é de que existam mais de 30 vítimas, envolvendo
moradores da Praia do Suá, Santa Helena, Santa Lúcia, Santa Luíza, Praia do
Canto, Ilha do Frade, Ilha do Boi e Barro Vermelho, todos em Vitória.
"Ao recebermos a primeira vítima, fizemos um levantamento e
ficamos espantados com tantas ocorrências e vítimas, e voltamos nossos recursos
para apurar a conduta dessa criminosa, o que culminou com o seu indiciamento e
prisão.
O delegado destacou ainda também existe uma investigação em
andamento por meio do 7º Distrito Policial de Vila Velha que apura possíveis
crimes cometidos pela acusada na época em que morava no bairro Ponta da Fruta,
em Vila Velha, Grande Vitória. Além disso, Jhose também é suspeita de ter
cometidos crimes no estado de origem e na Bahia.
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br