Em dezembro de 2023, um
tiroteio entre policiais civis e o dono de uma mansão nos Jardins, em São
Paulo, deixou três pessoas mortas. A investigação da Polícia Civil concluiu que
o empresário Rogério Saladino dos Santos, de 56 anos, matou a tiros a investigadora
Milene Bagalho Estevam, de 39 anos, ao confundi-la com uma assaltante.
O laudo pericial da Polícia Técnico-Científica, divulgado pela TV Globo nesta segunda-feira (22), constatou
que Rogério estava sob efeito de álcool e de remédios quando cometeu o crime. O
empresário tinha 13 dg/L de álcool etílico no sangue, uma dosagem que pode
causar sintomas como falha de coordenação motora, visão dupla e desconexão da
realidade. Também foram encontradas substâncias químicas no organismo de
Rogério, que são encontradas em remédios para depressão e distúrbios do sono.
O Instituto Médico Legal (IML) identificou a presença de "porções
de maconha" e outras drogas na residência de Rogério, embora não tenham sido
encontrados vestígios dessas substâncias em seu corpo.
Segundo
a Polícia Civil, Rogério achou que Milene e seu colega, o investigador Felipe
Wilson da Costa, eram criminosos e por isso atirou neles. Os policiais foram
até a casa de Rogério para pedir imagens de câmeras de segurança que pudessem
ter gravado um furto em uma residência vizinha. Eles estavam com distintivos e
haviam se identificado como policiais, mas Rogério não acreditou.
Em nota à emissora, o advogado de Rogério, Marcelo Martins de
Oliveira, informou que a defesa do empresário "recebeu com tranquilidade a
conclusão do laudo toxicológico, qual seja, que o empresário não agiu sob o
efeito de qualquer droga ilícita". O advogado também disse que a defesa de
Rogério já contatou a família de Milene para tratar da indenização devida à sua
filha menor.
Fonte: Gazeta Brasil