Em curso desde o fim de 2023, o
acordo de delação premiada do policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado
de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e
o motorista Anderson Gomes, em 2018, está tramitando no Superior Tribunal de
Justiça (STJ). As informações são do site O Globo.
Isso indica que o mandante do crime contra a parlamentar e o
motorista tem foro especial por prerrogativa de função, também conhecido como
foro privilegiado — direito atribuído a autoridades que ocupam cargos públicos.
Ou seja, significa que o titular desse cargo é submetido a investigação,
processo e julgamento por órgão judicial previamente designado, o que não
ocorre com pessoas no geral.
No momento, a delação do policial militar reformado no caso
Marielle ainda precisa ser homologada pelo STJ.
O acordo com a Polícia Federal (PF) foi divulgado pelo colunista
Lauro Jardim, do jornal O Globo, no último domingo (21/1). Após quase seis
anos, a delação de Lessa pode dar um fim ao mistério em torno do caso Marielle.
Caso Marielle teve duas delações
No ano passado, a PF havia firmado acordo de delação premiada com
o ex-policial militar Élcio de Queiroz, acusado de dirigir o carro usado na
noite do crime.
À PF Queiroz confessou ter dirigido o Cobalt prata e afirmou que Ronnie
Lessa fez os disparos contra o veículo onde estavam Marielle e Anderson com uma
submetralhadora.
Em janeiro, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, informou em
entrevista à CBN que as investigações em torno das mortes serão concluídas até
o fim de março.
"É importante dizer que estamos há um ano à frente de uma
investigação de um crime que aconteceu há cinco anos, com a convicção de que
ainda nesse primeiro trimestre a Polícia Federal dará uma resposta final do
caso Marielle", disse.
agoranoticiasbrasil.com.br