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Farmácia Popular começa a distribuir absorventes gratuitos

Por Blog do Elias Hacker 17/01/2024 às 18:15:29


A partir dessa quarta-feira (17/1), mais de 31 mil unidades credenciadas no programa FarmĂĄcia Popular começaram a distribuir absorventes para pessoas em situação de rua. O item serĂĄ ofertado para grupos que vivem abaixo da linha da pobreza e estão matriculados em escolas públicas, em situação de rua ou em vulnerabilidade extrema. A população carcerĂĄria também serĂĄ contemplada.

A iniciativa integra a política de dignidade menstrual adotada pelo governo federal em 8 de março do ano passado, no Dia das Mulheres. Para receber os absorventes, pessoas com útero, nascidas no Brasil ou não, devem ser inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), terem entre 10 e 49 anos e contar com renda familiar mensal de até R$ 218 por pessoa.

Para estudantes de instuições públicas de ensino, a renda familiar mensal mĂĄxima por pessoa sobe para até R$ 706 (meio salĂĄrio mínimo). Não hĂĄ limite de renda para pessoas em situação de rua. O programa busca abranger cerca de 24 milhões de pessoas.

ExigĂȘncias

Para ter acesso ao benefício, a pessoas precisa apresentar um documento de identificação pessoal com o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e a Autorização do Programa Dignidade Menstrual, em formato digital ou impreso, gerada via aplicativo ou site do Meu SUS Digital, com validade de até 180 dias.

Em casos de dificuldades para acessar o aplicativo ou emitir a autorização, é orientado procurar uma unidade bĂĄsica de saúde (UBS). Pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade podem buscar os absorventes nos centros de referĂȘncia da assistĂȘncia social, centros de acolhimento e equipes de Consultório na Rua.

Para pessoas recolhidas em unidades do sistema penal, a distribuição serĂĄ coordenada e executada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, sendo distribuida diretamente nas instituições prisionais.

Por meio de nota, o Ministério da Saúde destacou que a ação contribui no combate às desigualdades sociais causadas pela pobreza e configura "um importante avanço para garantir o acesso à dignidade menstrual".

"A menstruação é um processo natural, que ocorre em todo o mundo com, pelo menos, metade da população. Ainda assim, dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que a pobreza menstrual, associada aos tabus que ainda cercam essa condição, podem ocasionar evasão escolar e desemprego. No Brasil, uma a cada quatro meninas falta à escola durante o seu período menstrual e cerca de quatro milhões sofrem com privação de higiene no ambiente escolar (acesso a absorventes, banheiros e sabonetes)", explica a nota.

As orientações também estão disponíveis no Disque Saúde 136.


Fonte: *Com informações da AgĂȘncia Brasil

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