Foto: Valter
Campanato/Agência Brasil
Jovens de 18 a 24 anos que
não estudam nem trabalham, os chamados "nem-nem", poderiam ter contribuído com
R$ 46,3 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 2022 se inseridos
na economia, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC).
A população "nem-nem", ou
seja, aqueles em idade produtiva (15 a 29 anos) que se encontram em situação de
inatividade, totalizou 10,9 milhões em 2022 — ou seja, um em cada cinco
integrantes, apontou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desse grupo, 4,7 milhões de jovens não procuraram emprego
e nem gostariam de trabalhar, sendo que essa resposta veio em pouco menos da
metade de mulheres responsáveis por cuidar de parentes ou de trabalhos
domésticos.
A pesquisa da CNC
considerou uma amostragem mais conservadora devido ao recorte etário disponível
nos registros oficiais, de 7,6 milhões. Caso essa parcela participasse do
mercado de trabalho, o PIB poderia ter sido de R$ 10,146 trilhões ante o valor
obtido em 2022 de R$ 10,1 trilhões — um aumento de 0,46 ponto porcentual (p.p.)
Segundo cálculos da CNC, a
cada R$ 1 de aumento na renda média, há impacto médio de R$ 1,6 milhão no PIB,
mas isso se difere entre as regiões do país. Nos estados do Sudeste, o efeito é
maior, com R$ 5,5 milhões, enquanto no Norte é de R$ 400 mil.
Fonte: Com informações de CNN Brasil