A Justiça dos Estados Unidos formalmente acusou a jornalista Patricia Lelis, de
29 anos, brasileira, por supostamente se passar por uma advogada especializada
em imigração e cometer uma fraude de US$ 700 mil (R$ 3,4 milhões). A acusação
foi divulgada em um comunicado na sexta-feira (12) (saiba mais aqui).
Lelis que morava em Arlington, Virginia, e confirmou, por meio de uma
rede social, que está sendo procurada pelas autoridades. Conforme a acusação,
em 22 de setembro de 2021, ela teria cobrado US$ 270 mil (R$ 1,32 milhão) de
uma vítima, prometendo auxiliar na obtenção de um visto para parentes. O visto
em questão proporciona residência a estrangeiros nos EUA que realizam grandes
investimentos geradores de empregos.
Patrícia Lélis ganhou notoriedade nacional por acusar, em 2016, o
deputado federal Marco Feliciano de estupro e, posteriormente, ao anunciar nas
redes sociais que trocou o deputado Eduardo Bolsonaro por um médico cubano,
alegando ameaças vindas do parlamentar e ex-namorado. O inquérito envolvendo
Patrícia e Feliciano foi arquivado em dezembro de 2018.
Ela também acusou Talma Bauer, assessor de Marco Feliciano, de sequestro
e cárcere privado em 2016, mas foi indiciada pela Polícia Civil de São Paulo
por denunciação caluniosa e extorsão. O processo contra Eduardo Bolsonaro por
supostas ameaças ainda está em curso.
Patrícia envolveu-se em controvérsias, incluindo alegações de falsas
declarações sobre sua associação à Georgetown University. Em 2019, a
universidade afirmou que não reconhece Patrícia Lélis como estudante. Em 2017,
ela afirmou ter feito as pazes com o o presidente Luís Inácio Lula da Silva,
apesar de ser uma ferrenha crítica dos governos petistas.
"E foi desse jeito que o Lula ,o
homem que eu mais difamei me recebeu. Sou ansiosa e não consigo esperar pelas
fotos oficiais, e para ser sincera esse post não é sobre fotos bonitas, mas sim
sobre palavras sinceras e escritas de coração", escreveu na publicação,
acompanhada de uma série de fotos com Lula.
Durante a campanha presidencial de 2022, fotos de Patrícia foram alvo de
montagem, sendo substituído o rosto dela pelo de Suzane von Richthofen. Em
2021, ela encontrou Sergio Moro em Washington e gravou um vídeo hostilizando o
ex-juiz, que viralizou nas redes sociais. No vídeo, Moro a chamou de "mocinha"
e pede para que ela pare de gravar.
Por Gazeta Brasil