A Polícia Federal formalizou uma
proposta de ajuda para o Equador, que vive uma grave onda de violência. Entre
os itens oferecidos à Polícia Nacional do Equador estão o envio de policiais,
fornecimento de equipamentos e identificação de criminosos brasileiros.
No total, o documento apresenta seis medidas. A primeira é a
abertura formal de um escritório na capital Quito. A ideia é estabelecer pelo
menos dois agentes no país.
A criação de uma representação
oficial da PF em Quito foi proposta pelo diretor-geral da instituição, Andrei
Rodrigues. A oferta foi formalizada em ofício enviado à Ameripol (Comunidade de
Polícias das Américas).
O ofício cita ainda o apoio e treinamento em investigações, ações
de inteligência e outras atividades de segurança pública. Também foi colocado à
disposição equipes de inteligência especializadas na localização de fugitivos.
Segundo o texto, esses treinamentos também foram realizados em outros
países, como o Paraguai e a Bolívia.
"Estamos dispostos a oferecer outros tipos de suporte de acordo
com as nossas capacidades e as necessidades expressas pela Polícia Nacional do
Equador", diz Andrei Rodrigues no ofício.
A PF não atua como polícia judiciária no exterior, mas pode propor
medidas multilaterais para solucionar crimes. O Equador conta com um policial
trabalhando no Centro de Cooperação Policial Internacional, situado no Rio de
Janeiro.
Onda de violência no
Equador
O Equador tem vivido dias marcados pelo pânico e terror desde que
o governo anunciou a fuga do líder da principal quadrilha do país, Adolfo
Macías, conhecido como Fito.
O presidente Daniel Noboa decretou um estado de exceção e
determinou ações para neutralizar 22 grupos que agora são considerados
terroristas. Além disso, foi estabelecido um toque de recolher que proíbe a
população equatoriana de sair de casa das 23h às 5h pelos próximos dois meses.
Um incêndio ocorrido em uma boate na cidade de El Coca, localizada na região
leste do Equador, indica que essa medida pode estar sendo desrespeitada.
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