Com o excesso de calor e
temperaturas muito acima da média, o Brasil e outros países enfrentaram uma
demanda maior por energia em 2023, uma tendência que deve se manter neste ano e
que vai deixar mais cara a conta de luz para o consumidor.
A prevenção de blecautes dependerá do acionamento de
termelétricas, que produzem energia mais cara e o impacto dessas medidas será
sentido diretamente pelos consumidores, com possíveis aumentos na conta de luz.
Excesso de calor pode deixar mais cara a conta de luz?
Vários fatores podem contribuir para um aumento na conta de luz, incluindo a
Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e os custos de transmissão.
Além dos custos crescentes associados às termelétricas, a Associação Brasileira
de Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace), estima que a
alta na tarifa pode ser de 6,58% em média.
No entanto, os ajustes individuais para cada distribuidora e nível
de tensão podem variar.
Algumas distribuidoras podem optar por utilizar créditos de
PIS/Cofins para conter o aumento, uma prática que já é adotada por alguns
estados.
No entanto, o impacto real desses créditos na conta de luz ainda não é
totalmente claro, já que algumas distribuidoras já usaram todo o crédito
disponível.
Embora os reservatórios estejam cheios, o que seria um fator
positivo, as altas temperaturas fazem com que a demanda por energia seja maior.
Portanto, mesmo com o potencial para produzir energia através de fontes
renováveis, como a hidrelétrica, o país poderá ter que recorrer às
termelétricas mais caras para atender a essa demanda.
Os especialistas alertam que o impacto do calor prolongado na
conta de luz será sentido pelos consumidores.
Além de encarecer as contas, as medidas tomadas para prevenir blecautes podem
beneficiar determinados geradores de energia, mas quem acabará pagando será o
consumidor.
Em última análise, a necessidade de avançar na agenda de fontes de
energia mais limpas se tornou ainda mais evidente.
Fonte: Fonte: Isto É