A
Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que quase 10.000 mortes por COVID-19
foram registradas em dezembro de 2022. Além disso, o número de hospitalizações
e internações em UTIs aumentou no mesmo período.
De
acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, os dados indicam
que as reuniões de fim de ano impulsionaram a transmissão do vírus.
"Embora
o COVID-19 não seja mais uma emergĂȘncia de saúde pública de interesse
internacional, o vírus continua circulando, se transformando e matando",
afirmou Tedros em uma coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça, na
quarta-feira (12).
O
aumento nas hospitalizações foi de 42% e o aumento nas internações em UTIs foi
de 62% em comparação com o mĂȘs anterior. As tendĂȘncias são baseadas em dados
relatados à OMS por menos de 50 países, principalmente na Europa e na América.
"É
seguro que também hĂĄ aumentos em outros países que não estão sendo reportados",
disse Tedros. A OMS disse em um e-mail na quinta-feira (13) que a Rússia parece
ser o país que reporta a maioria dos casos ao organismo de saúde, mas enfatizou
que "muitos países reduziram ou deixaram de informar, o que é parte do
problema".
A
variante JN.1 é agora a mais comumente relatada em todo o mundo, disse Tedros.
A nova variante dominante parece ser muito mais capaz que as anteriores de
infectar pessoas vacinadas ou que jĂĄ foram infectadas, informou o jornal The
Washington Post.
"Embora
10.000 mortes por mĂȘs seja muito menos que o pico da pandemia, esse nível de
mortes evitĂĄveis não é aceitĂĄvel", disse Tedros. Ele instou os governos a
realizarem uma vigilância rigorosa e fornecerem à população vacinas e
tratamentos.
Maria
Van Kerkhove, líder técnica da OMS para o COVID-19, disse na mesma coletiva que
outras infecções respiratórias em todo o mundo também estão aumentando,
tendĂȘncias que espera que continuem em janeiro.
"Este
ano, particularmente no hemisfério norte, estamos vendo uma circulação estreita
de muitos tipos diferentes de patógenos", disse, citando a influenza, o
rinovirus e bactérias como a pneumonia por micoplasma. Van Kerkhove disse que
com a reabertura do mundo durante a pandemia de COVID-19, "esses vírus, essas
bactérias, que se transmitem eficazmente entre as pessoas através do ar, se
aproveitam".
A
OMS insta as pessoas a tomarem precauções, incluindo testes, vacinas, uso de
mĂĄscaras e garantir que as ĂĄreas interiores estejam bem ventiladas. "É possível
que as vacinas não impeçam a infecção, mas certamente reduzem
significativamente as chances de ser hospitalizado ou morrer", disse Michael
Ryan, chefe de emergĂȘncias da OMS, na quarta-feira.
As
hospitalizações e os níveis de ĂĄguas residuais de coronavírus estão aumentando
em todo os Estados Unidos, que estĂĄ no meio de outro surto de COVID-19 à medida
que as pessoas retomam o trabalho e a escola após as férias. Os Centros de
Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendam receber uma vacina contra o
coronavírus atualizada para aumentar a proteção contra a JN.1.
Nesta
semana na Espanha, as mĂĄscaras tornaram-se obrigatórias em hospitais e
instalações de saúde à medida que o país experimenta um aumento nos casos de
gripe, coronavírus e outras doenças respiratórias.
Fonte: Gazeta Brasil