O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e outras entidades
do campo serão atendidas pelo programa de reforma agrária em 2024, disse o
ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira,
nesta quarta-feira (10), em entrevista à CNN.
"O MST vai ser atendido, a Contag [Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura] vai ser atendida, a Fetraf [Federação dos
Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar] vai ser atendida. Todos
os movimentos do campo serão atendidos no programa de reforma agrária que mais
amadurecido faremos no ano de 2024 com o Orçamento novo", explicou Teixeira.
"O programa de reforma agrária é muito importante para o ano de 2024,
que é descomprimir essa panela de pressão que se formou no campo brasileiro
pela paralisação dos programas de novos assentamentos", complementou.
Críticas do MST
O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João
Pedro Stédile, em dezembro passado, afirmou em um vídeo que 2023 foi "o pior
ano dos 40 do movimento", mas diz entender que a situação não teria sido
provocada pelo governo atual.
Teixeira expressa que tentou entender as críticas do MST.
"O que eu acho que o MST está dizendo é o seguinte: "Não teve dinheiro
no Orçamento de 2023 para a reforma agrária". Agora, nós recebemos o Orçamento
do governo passado e, de fato, não teve recursos."
O Orçamento de 2024, na opinião do ministro, não é uma maravilha para o
tema, por ser muito restrito, e seria sobre isso que o MST também estaria
falando.
De acordo com Teixeira, a estratégia desse ano será feita em quatro
passos:
1. Destinação de terras públicas
2. Ver o que há no estoque do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra)
3. Adjudicar terras de grandes devedores da União
4. Destinar o que tiver de recursos para assentamentos de famílias e
compras de terras
Fonte: agoranoticiasbrasil.com.br