O
ditador norte-coreano Kim Jong-un ordenou o aumento da produção de vários
veículos de lançamento de mísseis, classificando-o como uma tarefa importante
para se preparar para um "enfrentamento militar" com o inimigo, informaram
nesta sexta-feira (6) meios de comunicação norte-coreanos.
Em
visita a uma fábrica de veículos lança-mísseis (TEL), Kim disse que a produção
de vários lançadores de armas táticas e estratégicas era uma tarefa-chave para
reforçar a dissuasão nuclear do país, informou a agência de notícias estatal
KCNA.
"Destacando
que a posição e o papel da fábrica são muito importantes
dada a grave
situação imperante que requer que o país esteja mais firmemente preparado para
um enfrentamento militar com o inimigo, indicou as tarefas que deve cumprir a
fábrica", disse a KCNA.
O
relatório dos meios de comunicação estatais ocorre horas depois de a Casa
Branca dizer na quinta-feira que a Coreia do Norte forneceu recentemente à
Rússia mísseis balísticos e lançadores para seu uso na guerra de Moscou contra
a Ucrânia, alguns dos quais a Rússia já disparou.
Washington
vem acusando Pyongyang de fornecer material militar a Moscou em troca do apoio
técnico da Rússia para ajudar o Norte a avançar em suas capacidades militares.
A Coreia do Norte negou que transfira armas a Moscou.
Durante
uma reunião do partido celebrada na semana passada, Kim ordenou ao exército, à
indústria de munições e ao setor de armamento nuclear de seu país que
acelerassem os preparativos bélicos, já que, em sua opinião, a política de
Estados Unidos estava tornando inevitável uma guerra.
"(Kim)
especificou o plano imediato para a produção de variedades de TEL, o plano de
produção a longo prazo e a tarefa da capacidade de produção", disse a KCNA.
Na
segunda-feira passada, segundo a imprensa estatal, Kim Jong-un também disse que
seu exército deveria "aniquilar completamente" os Estados Unidos e a Coreia do
Sul se for provocado.
O
regime norte-coreano tem aumentado sua retórica belicista nos últimos meses em
resposta à ampliação das manobras militares entre Washington e Seul. Os
especialistas apontam que continuará escalando em sua retórica e testes de
armamento porque poderia acreditar que pode aproveitar o aumento das tensões
para obter concessões dos Estados Unidos se o ex-presidente Donald Trump
retornar à Casa Branca nas eleições presidenciais de novembro.
Em
um encontro com oficiais do exército no domingo, Kim apontou que é urgente
afiar "a preciada espada" para proteger a segurança nacional, em uma aparente
referência ao programa de armas nucleares de Pyongyang. Ele citou "os
movimentos de confronto militar dos Estados Unidos e outras forças hostis", de
acordo com a KCNA.
Na
reunião do Partido dos Trabalhadores, Kim classificou a Coreia do Sul de
"malformação hemiplégica e estado colonial subordinado", cuja sociedade está
"contaminada pela cultura yanqui". Além disso, apontou que seu exército deve
utilizar todos os meios ao seu alcance, incluindo o arsenal nuclear, para
"suprimir todo o território sul-coreano" em caso de conflito.
Fonte: Gazeta Brasil