A CPI das ONGs, proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União), ex-MBL, está programada para ser instalada no retorno das atividades da Câmara Municipal de São Paulo em fevereiro, focando na atuação do padre Júlio Lancellotti na cracolândia e sua relação com as entidades locais.
A iniciativa do vereador, que obteve as 24 assinaturas necessárias, resultou em um acordo com a liderança legislativa para a criação da CPI, que possivelmente terá implicações eleitorais devido à proximidade de Lancellotti com Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à Prefeitura de SP em 2024.
Rubinho Nunes já definiu as entidades-alvo da CPI, destacando o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto (Bompar) e o coletivo Craco Resiste. Ambas trabalham com a população em situação de rua e dependentes químicos na região central da cidade.
A Bompar, entidade filantrópica ligada à igreja católica, contou com a participação passada do padre como conselheiro. Por outro lado, o coletivo Craco Resiste atua contra a violência policial na área da cracolândia. Em declaração à Folha de S.Paulo em dezembro, o padre Júlio Lancellotti negou qualquer influência sobre as entidades em questão e afirmou não estar envolvido em projetos conjuntos com elas.
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