O marido da bióloga, ativista e defensora da Chapada dos Veadeiros (GO) Laryssa Galantini (foto em destaque), que morreu após a colisão entre lanchas na Ilha de Boipeba, na Bahia, soube da tragédia enquanto estava em um retiro.
A mulher de 35 anos é uma das duas vítimas do acidente, ocorrido na sexta-feira (29/12).
O marido de Laryssa, o advogado e músico João Yuji Moraes, soube da tragédia quando participava do retiro Vipassana. Pelas redes sociais, recebeu palavras de aapoio de amigos e pessoas próximas.
O projeto Raizeiros, Parteiras, Benzedeiras e Pajés também lamentou a perda. Além de proteger e promover educação ambiental, a bióloga era uma ativista engajada e trabalhava pelo fortalecimento da cultura local.
"Na fatídica tarde de 29 de dezembro de 2023, o mar que você tanto amava te encantou. Seu espírito foi fazer morada em outra dimensão, deixando por onde passou encarnada, só exemplo de seriedade, potência, dedicação, honestidade, simplicidade e bondade", disse o projeto em nota publicada nas redes sociais.
O acidente matou duas pessoas. De acordo com as investigações, o piloto da lancha que bateu em outra estaria embriagado.
Laryssa morava em Alto Paraíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Segundo parentes e amigos, ela deixa um legado de luta pela proteção e educação ambiental – entre seus feitos, participou de projetos importantes na Chapada dos Veadeiros (GO).
Segundo o Instituto Biorregional do Cerrado (IBC), Laryssa era uma educadora atuante e carismática. Participava de inúmeros projetos, sempre com o objetivo de promover a regeneração, resiliência e conservação do Cerrado.
Laryssa foi uma das idealizadoras do primeiro Mandato Coletivo do Brasil, eleito em 2018, em Alto Paraíso, do qual o marido fez parte.
A bióloga participava ativamente de movimentos feministas e das causas que envolviam crianças e adolescentes. "Lary era uma jovem vibrante, alegre, sorriso no rosto, cheia de energia, projetos e sonhos", ressaltou o IBC.
A comunidade da Chapada dos Veadeiros também lamentou a perda. Laryssa era apaixonada pelo Cerrado. A expertise em biodiversidade marinha da ativista foi uma valiosa contribuição para a conservação da vida silvestre.
"A comunidade perde não apenas uma especialista comprometida, mas também uma defensora incansável dos saberes tradicionais", afirmou representantes da comunidade.
Fonte: Metrópoles