O Ministério da Saúde começa, nesta segunda (1Âș/1), uma nova etapa no plano de vacinação contra a Covid-19. A partir de agora, grupos prioritĂĄrios, que tenham maior risco de quadro grave, com cinco anos de idade ou mais receberão uma dose anual ou semestral da vacina.
Pessoas de todas as idades que não estão nos grupos de risco mas ainda seguem com o calendĂĄrio vacinal atrasado — não tomaram ou receberam apenas uma dose — poderão completar o esquema.
Em crianças, a recomendação é que a primeira dose seja aplicada aos seis meses de idade; a segunda aos sete; e a terceira, aos nove.
Para indivíduos com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas, o intervalo entre as doses serĂĄ de seis meses. Os demais grupos (que incluem pessoas que vivem ou trabalham em instituições de longa permanĂȘncia, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiĂȘncia permanente ou comorbidades, pessoas privadas de liberdade com 18 anos ou mais, funcionĂĄrios do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e população em situação de rua), tomaram a dose anualmente.
Segundo o ministério, caso outras vacinas sejam aprovadas pela Anvisa ou se o cenĂĄrio epidemiológico mudar, os esquemas poderão ser atualizados. Por enquanto, a pasta reforça que as vacinas disponíveis são eficazes contra formas graves da Covid-19, mesmo com o surgimento de novas variantes, como a JN.1.
A subvariante JN.1 foi identificada pela primeira vez no Brasil em novembro deste ano, junto com o aumento de casos de Covid-19 no CearĂĄ, com maior predominância na capital Fortaleza. Exames de sequenciamento genômico mostram que 80% das amostras do vírus coletadas em testes no estado são da cepa.
O vírus jĂĄ foi encontrado em vĂĄrios países, incluindo Estados Unidos, Islândia, Portugal, Espanha e Holanda. Em 19 de dezembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) a classificou como "de interesse".
"Por conta do inverno no hemisfério Norte, a JN.1 pode aumentar a carga de infecções respiratórias em vĂĄrios países. A OMS monitora continuamente as evidĂȘncias e irĂĄ atualizar a avaliação de risco conforme necessĂĄrio", diz a organização, em nota.
Fonte: Metrópoles