Uma nova e promissora técnica, desenvolvida por pesquisadores americanos, conseguiu eliminar 99% das células cancerígenas cultivadas em laboratório utilizando uma técnica mecânica: a vibração.
A descoberta, que representa uma esperança para os futuros tratamentos oncológicos, foi publicada nesta quarta-feira, 19, na revista científica Nature Chemistry.
Vibrações exterminam células cancerígenas
Os cientistas conseguiram o feito através da estimulação de uma molécula conhecida como aminocianina. Esta molécula, geralmente usada como corante sintético na detecção de câncer, adere às células cancerígenas.
Ao ser iluminada por luz infravermelha, ela vibra, quebrando a membrana que reveste as células cancerígenas, ocasionando a sua morte.
Como a vibração pode combater o câncer?
"É uma técnica um milhão de vezes mais rápida do que outros motores mecânicos testados anteriormente, e pode ser ativada com luz quase infravermelha", afirmou o químico James Tour, um dos responsáveis pela pesquisa.
A importância da luz infravermelha está em sua capacidade de penetração em camadas mais profundas do corpo, atingindo ossos e órgãos, por exemplo.
Os pesquisadores, que integram equipes das universidades do Texas, Rice e Texas A&M, também testaram a técnica em ratos com melanoma, obtendo sucesso em 50% dos casos.
Métodos mecânicos para tratamentos oncológicos: uma nova tendência?
De acordo com os pesquisadores, este método demonstra grande potencial e pode até minimizar a possibilidade de cânceres desenvolverem resistência ao tratamento, algo frequentemente observado com a utilização de medicamentos. As terapias mecânicas poderiam, portanto, se mostrar uma alternativa auspiciosa no combate ao câncer.
Contudo, ainda há um longo caminho a ser percorrido. Mais pesquisas serão necessárias para verificar a eficácia das vibrações em humanos e sua capacidade de tratar diferentes tipos de cânceres.
E é justamente nesse caminho que esses cientistas e outros pelo mundo afora continuam a trilhar, na esperança de proporcionar tratamentos mais eficazes e menos invasivos para pacientes de câncer.
Catraca Livre