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Sargento do Bope

Sargento do Bope é morto e PMs são acusados de executar suspeitos no Complexo de Israel


(BOPE)

Uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital e pela Corregedoria da Polícia Militar por três autos de resistência ocorridos na última quarta-feira, no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio.

As armas dos policiais foram apreendidas, e, conforme informações policiais, testemunhas já foram ouvidas, enquanto laudos periciais estão em análise.

A denúncia, inicialmente revelada pela TV Globo, alega que os suspeitos teriam sido mortos após já terem se rendido. Investigadores analisam imagens da ação, que ocorreu minutos antes de um policial militar ser baleado e falecer no interior de um veículo blindado.

Dois policiais militares já prestaram depoimento, afirmando que houve intensa troca de tiros na Rua São Bento, em Parada de Lucas. Segundo os PMs, cinco suspeitos foram vistos correndo e entrando em uma casa, onde confronto aconteceu do lado de fora e dentro do imóvel. Os três suspeitos foram posteriormente encontrados mortos.

No entanto, imagens de câmeras de segurança contradizem a versão apresentada pelos PMs. Os vídeos mostram a entrada dos policiais em uma casa na favela às 7h32, e, três minutos depois, um homem, identificado como Gladson William Gonçalves de Oliveira, é deixado no chão da sala, com as mãos amarradas. Outro suspeito, Anderson Cauã Gadelha Morais, também amarrado, é colocado no chão da sala às 7h38. A última imagem dos dois suspeitos com policiais na sala é às 7h55.

Os registros foram feitos após a morte do sargento Leonardo Maciel da Rocha, atingido por um tiro na cabeça dentro do veículo blindado da PM.

Agentes do Bope foram flagrados chegando ao Hospital Getúlio Vargas com três corpos três horas após o registro das câmeras de vigilância. Os corpos foram identificados como os de Anderson Cauã Gadelha e Gladson William Gonçalves.

A casa no interior da comunidade ainda não foi periciada, e o local do suposto confronto não foi preservado pelos PMs. A polícia aguarda agora o laudo de necropsia para esclarecer as circunstâncias das mortes dos suspeitos.

Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que o comando do Bope instaurou um inquérito para apurar os fatos e ouvir os militares. O Inquérito Policial Militar (IPM) tramita paralelamente às investigações da Polícia Civil, ambos acompanhados pela Corregedoria da Polícia Militar.

Gazeta Brasil

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