Lula ficará recluso na ilha localizada no litoral fluminense, onde a Marinha tem uma base naval. A expectativa é que o petista retorne ao trabalho em Brasília em 3 de janeiro. Durante o período, ele pediu que os ministros não tirem férias.
A praia no estado do Rio também foi refúgio de Jair Bolsonaro (PL) no Natal de 2018. Na ocasião, o então presidente eleito participou de cerimônia simbólica de promoção de um oficial da Força.
Visita a repatriados
A última agenda oficial do petista antes do recesso foi um almoço nessa segunda-feira (25/12) com o grupo de repatriados da Faixa de Gaza, na Base Aérea de Brasília. O terceiro grupo de pessoas trazidas do território palestino para o Brasil desembarcou em Brasília na manhã de sábado (23/12).
O almoço começou por volta das 12h (horário de Brasília), no Hotel de Trânsito da Base Aérea da capital federal. Lula não ficou para a refeição com o grupo, mas recebeu os repatriados e discursou.
"Sei que temos alguns aqui que ainda aguardam outros parentes. Nosso governo continuará a conversar com outros governos, inclusive com o de Israel", declarou.
Ele prometeu trazer todos que ainda quiserem vir para o Brasil, inclusive parentes palestinos. "Nossa diplomacia continuará a conversar com a de Israel, para liberar as pessoas que ainda estão na Faixa de Gaza e queiram vir para o Brasil. Enquanto houver alguém na Faixa de Gaza que queira vir para o Brasil, estaremos à disposição para buscar."
Também na fala, o petista voltou a defender a criação de um Estado Palestino. "Há muito tempo defendo e continuo defendendo na ONU [Organização das Nações Unidas] que seja construído o Estado palestino e que os povos possam viver em paz", completou.
Ato de 8 de janeiro
Na volta da viagem, Lula deve acompanhar de perto os preparativos para o ato de 8 de janeiro de 2024. Conforme o Metrópoles apurou, a cerimônia deve ocorrer às 15h no Senado Federal, em homenagem à vitória das instituições democráticas um ano após a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Há quase um ano, apoiadores extremistas de Bolsonaro invadiram e depredaram os edifícios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
A cerimônia deste ano contará com a presença dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do Senado Federal, Rodrigo Pacheco e do STF, Luís Roberto Barroso.