Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho e líder da maior milícia no estado do Rio de Janeiro, entregou-se às autoridades após uma semana de negociações conduzidas por sua defesa. O criminoso, até então o mais procurado do estado, buscou contato com a Polícia Federal (PF) por meio da Secretaria Estadual de Segurança Pública.
De acordo com informações da TV Globo, apenas um seleto grupo de pessoas tinha conhecimento das negociações. Após a PF deixar Zinho na entrada do sistema penal em Benfica, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) realizou uma operação eficiente para transferi-lo ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu 1, em menos de uma hora.
A transferência contou com um comboio de pelo menos 50 homens, compreendendo o Grupamento de Intervenção Tática (GIT), Serviço de Operações Especiais (SOE) e a Divisão de Busca e Recaptura (Recap), todos da Seap. Zinho, acusado de chefiar a maior milícia do estado, enfrentava 12 mandados de prisão em aberto.
Ele assumiu a liderança do grupo após a morte do irmão Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, durante uma operação da Polícia Civil em 2021. A intensificação da busca por Zinho ocorreu após um grave ataque a ônibus, considerado o maior já registrado no Rio de Janeiro, em represália à morte de seu sobrinho, conhecido como Faustão, durante uma operação em outubro deste ano.
Na semana passada, a PF revelou uma ligação entre Zinho e a deputada estadual Lucinha. A parlamentar teria sido chamada de "madrinha" pelos milicianos em trocas de mensagens, sugerindo sua atuação em favor dos interesses da milícia.
O governador do Rio, Cláudio Castro, comemorou a prisão de Zinho nas redes sociais.
"Enquanto as famílias celebram o Natal, o trabalho das forças de segurança não para. Prendemos o inimigo número 1 do RJ, o miliciano Luis Antonio da Silva (Zinho), em uma operação conjunta da Secretaria de Estado de Segurança e da Superintendência da Polícia Federal do estado", disse Castro.
Créditos: Gazeta Brasil