O governo dos Estados Unidos vai promover um levantamento sobre o possível uso de chips semicondutores da China nas linhas de produção nacionais e na base industrial de defesa do país. Segundo o Departamento de Comércio norte-americano, o objetivo da medida é "reduzir riscos de segurança nacional".
Com a inspeção, a Casa Branca quer descobrir como as empresas estão utilizando semicondutores no país. No futuro, as companhias irão poder participar de um novo programa de subsídios que disponibilizará US$ 40 bilhões, cerca de R$ 195 bilhões.
O problema é que hoje elas são atraídas por investimentos chineses na casa dos US$ 150 bilhões, quase R$ 730 bilhões. As autoridades dos EUA afirmam que isso cria uma situação de "desigualdade em relação aos Estados Unidos e outros países competidores".
Estimativas apontam que a fabricação de semicondutores nos Estados Unidos é cerca de 30% a 45% mais cara do que no resto do mundo. Para analistas, isso se dá principalmente em função de investimentos governamentais considerados insuficientes. As informações são da Reuters.
Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
Fonte: Olhar digital