O assédio supostamente cometido por Marcius Melhem não foi provado pelo setor de Compliance da TV Globo. A posição da emissora integra um processo de 2.500 páginas que foi obtido pela revista Veja e divulgado nesta quarta-feira (17).
A emissora carioca enfrenta uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ), que alega que a Globo consentiu os casos de assédio no ambiente de trabalho ao longo dos últimos anos.
Dani Calabresa acusa Melhem, junto com outras mulheres, de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho, na época que ambos trabalhavam no Zorra, da Rede Globo.
A reportagem da revista VEJA teve acesso ao processo inteiro, e nele foram expostos novos depoimentos de testemunhas e de supostas vítimas de Melhem. No mês passado, o Ministério Público do Trabalho se manifestou a favor da retirada do sigilo do processo, e, além disso, foi mostrada a defesa que a Globo apresentou em setembro do ano passado, sendo representada pelo escritório Tenório da Veiga Advogados.
No documento acessado pela revista, consta a defesa da Globo diz que realizou uma investigação detalhada na empresa: ""Restou, de fato, constatada a inadequação do artista com seus subordinados, sem que fosse possível comprovar a prática deliberada de assédio sexual, dados os contornos legais que a conduta exige para sua caracterização".
Desligado da Globo em agosto de 2020, Marcius Melhem admitiu que se relacionou com algumas mulheres de seu núcleo de trabalho consensualmente e reconhecei alguns flertes não correspondidos com outras. Porém, sempre negou veementemente que tenha cometido assédio sexual e se diz vítima de um complô.
Gazeta Brasil