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Lei que institui exposição indevida ao sol precisa de regulamentação

Por Eliashacker.com.br 16/12/2023 às 14:08:41

A lei que institui a Campanha Nacional de Prevenção da Exposição Indevida ao Sol, sancionada em março pelo presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva, entrou em vigor no mĂȘs de outubro, mas ainda não foi regulamentada.

Apesar estar em vigor, a lei ainda não foi colocada em prĂĄtica, segundo disse hoje (15) à AgĂȘncia Brasil a vice-presidente da organização não governamental (ONG) Instituto Melanoma Brasil, Carla Fernandes. A instituição se propõe a contribuir com a divulgação e conscientização sobre o melanoma, que é o câncer de pele mais perigoso.

A regulamentação, segundo Carla, é essencial para que se tornem obrigatórias as ações de conscientização da população em relação à exposição indevida a raios solares e necessidade de acesso ao protetor solar, "A lei reforça a obrigatoriedade de se fazer uma campanha. Mas precisamos do decreto para regulamentar a lei, para tornar a campanha obrigatória", destacou.

A lei prevĂȘ que a campanha seja veiculada anualmente pelo poder pĂșblico, durante o perĂ­odo de férias escolares, e estabelece a necessidade de facilitar à população o acesso ao protetor solar.

Casos novos

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da SaĂșde, estima, para cada ano do triĂȘnio 2023/2025, o surgimento de 220.490 casos novos de câncer de pele não melanoma, o que corresponde a um risco estimado de 101,95 por 100 mil habitantes, sendo 101.920 em homens e 118.570 em mulheres.

O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no paĂ­s. Em homens, é mais incidente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste, e, nas mulheres, em todas as regiões brasileiras.

O nĂșmero de casos novos de melanoma estimado pelo Inca é de 8.980 para cada ano do triĂȘnio, o que corresponde a um risco de 4,13 por 100 mil habitantes, sendo 4.640 em homens e 4.340 em mulheres. Na Região Sul, o câncer de pele melanoma é mais incidente quando comparado às demais regiões, para ambos os sexos, informou o Inca.

Segundo Carla, o câncer de pele é o de maior incidĂȘncia no Brasil e, em épocas de calor intenso, como estamos vivendo no paĂ­s, são "extremamente importantes as campanhas de conscientização, para evitar que mais pessoas fiquem expostas sem proteção ao sol. Isso vai evitar diagnósticos de câncer, vai evitar mais pessoas doentes".

A vice-presidente do Instituto Melanoma Brasil afirmou que não existe câncer de pele benigno. "Todos eles são malignos. Os não melanoma são os mais comuns e os tratamentos são um pouco mais leves. Mas, apesar disso, podem comprometer uma pessoa esteticamente, porque são retirados cirurgicamente. E, se não são tratados, podem evoluir para metĂĄstese".

Melanoma

Os melanomas, que englobam os tipos de câncer de pele mais raros e mais graves, tĂȘm alto potencial de fazer metĂĄstese para outros órgãos do corpo. Por esse motivo, segundo a médica, é de extrema importância a realização de campanhas de prevenção.

O Instituto estĂĄ com programação nas redes sociais alertando e educando a população a respeito do câncer de pele e da necessidade da proteção solar, em parceria com a Brazinco, que produz uma linha de protetores solares em bastão direcionados a atletas e destina parte das vendas à ONG para ajudar os pacientes de câncer de pele.

Procurado pela AgĂȘncia Brasil, o Ministério da SaĂșde não respondeu até o fechamento da matéria.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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