O banco HSBC anunciou que fez um teste bem-sucedido para proteger a instituição financeira de futuros ataques que utilizem recursos de computação quântica. Para isso, a própria companhia adotou métodos quânticos de proteção, além de inteligência artificial (IA).
Segundo a companhia, o objetivo do mecanismo é incorporar ao terminal de negociações internacionais HSBC AI Markets uma plataforma de segurança melhorada para guardar dados sensíveis e garantir que transações de grande porte aconteçam sem interferências.
O experimento foi utilizado para proteger uma transação financeira de 30 milhões de euros (cerca de R$ 157 milhões, em conversão direta) feita entre um país da Europa para os Estados Unidos, inclusive passando a moeda para o dólar. A plataforma usa uma infraestrutura fornecida pelas parceiras BT, Toshiba e AWS, o serviço de computação em nuvem da Amazon.
Como mecanismo de proteção, o HSBC usou uma técnica chamada Distribuição de Chaves Quânticas. Ela entrega chaves de criptografia aos dois lados de uma transação financeira de forma mais segura que outros métodos, evitando espionagem ou interceptações até de sistemas mais avançados.
Computação quântica em cibersegurança já é realidade
Nenhum ataque usando computação quântica foi realizado até o momento, mas a ideia é já se prevenir contra futuras ações. Segundo o banco, desenvolver um sistema de criptografia mais avançado leva tempo e, se for feito apenas depois que os golpes nesse formato começarem, os prejuízos podem ser altos.
No caso do experimento do HSBC, a mesma tecnologia base será utilizada para lidar com grandes volumes de dados e fazer uma quantidade de cálculos e ações que sistemas atuais não conseguem suportar.
Apesar de ainda estar em desenvolvimento na atual fase, a computação quântica também já é aplicada em cálculos usados em experimentos científicos, além de ser usada para projeções meteorológicas.
HSBC - Reuters