O referendo realizado pela Venezuela no domingo (4), onde 95% dos eleitores presentes votaram a favor da incorporação do território de Essequibo, reavivou a longa disputa de fronteira entre os dois países, que perdura por mais de 100 anos.
O governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, reivindica que o território de Essequibo pertence à Venezuela, enquanto a Guiana, que atualmente controla a região, sustenta que o território é seu por direito.
Após o referendo, o vice-presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, disse que o país está se preparando para enfrentar situações adversas e está colaborando com parceiros para fortalecer a cooperação de defesa.
Jagdeo declarou que, embora Maduro tenha assegurado que não pretende invadir a Guiana, o governo guianense não pode confiar nessas garantias.
"É imperativo estarmos prontos, não podemos relaxar nossa vigilância", afirmou Jagdeo. "Os líderes venezuelanos demonstraram ser imprevisíveis, por isso estamos trabalhando com nossos parceiros para fortalecer a cooperação de defesa, de modo que, se necessário, possamos proteger nossa nação."
O Departamento de Estado dos Estados Unidos declarou seu apoio a uma resolução pacífica da disputa de fronteira, ressaltando que essa questão não pode ser decidida por meio de um referendo.
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, também assegurou que o país não tolerará qualquer invasão ao território de Essequibo.
A tensão na região está em ascensão, e ainda não está claro qual será a próxima ação do governo venezuelano.
Fonte: Gazeta Brasil