Cada aluno é um ser único com características próprias, e o cotidiano da sala de aula é revelador no que diz respeito à descoberta de suas potĂȘncias e deficiĂȘncias. Assim, a maior parte dos casos de disgrafia são evidenciados durante as aulas.
A disgrafia é um transtorno de aprendizagem ou, mais especificamente, um transtorno de escrita caracterizado pela desordem que causa em alguma fase cognitiva da pessoa. Ela costuma ser confundida com a dislexia, no entanto, tratam-se de distúrbios distintos, com causas, sintomas e, consequentemente, formas de tratamento diferenciadas.
A seguir, saiba mais sobre o que é a disgrafia, como ela se apresenta e de que maneira é possível tratĂĄ-la. Vamos lĂĄ?
A disgrafia é um transtorno de aprendizagem apresentado tanto em crianças quanto em adultos (ainda que seja mais comum diagnosticĂĄ-la no período da infância). A característica mais evidente desse distúrbio é a caligrafia ilegível, isto é, uma escrita de difícil compreensão.
Ela pode aparecer de vĂĄrias maneiras, como na caligrafia, na ortografia, na coerĂȘncia ou até na dificuldade de transpor pensamentos e ideias no papel. Em geral, pessoas com disgrafia também demoram bastante para finalizar um texto, uma tarefa escolar etc.
Os principais tipos de disgrafia são:
Antes de mais nada, vale enfatizar que a disgrafia não se trata de um problema cognitivo, isto é, ela não estĂĄ associada com nenhuma deficiĂȘncia intelectual e muito menos com preguiça e falta de esforço por parte do aluno.
O distúrbio também não deve ser confundido com a dislexia ou com o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), uma vez que cada um deles tem causas e modos de tratamento específicos.
Entre as causas mais comuns desse distúrbio, podemos destacar as causas maturativas (vinculadas a alterações na eficiĂȘncia na motricidade, no equilíbrio e na lateralidade), as caracteriais (ligadas à personalidade, ou seja, a fatores de ordem psíquica e socioemocional) e as pedagógicas (relacionadas a formas, instrumentos e velocidade inadequada no ensino da criança).
Como dissemos, o diagnóstico de disgrafia costuma acontecer após identificação prévia, feita na escola, de dificuldades na escrita e na aprendizagem. A forma de tratamento é ampla e varia de acordo com o tipo, as causas e os sintomas apresentados.
Para tanto, é necessĂĄrio procurar orientação de profissionais especializados, tais como psicopedagogos e neuropediatras. Em alguns casos, a terapia ocupacional pode ajudar bastante no que diz respeito ao tratamento das habilidades motoras e no fortalecimento do tônus muscular.
Contudo, familiares e professores tĂȘm um papel importante na superação do problema. Primeiramente, oferecendo acolhimento, apoio e segurança para a criança com disgrafia. Além disso, algumas estratégias para trabalhar o desenvolvimento psicomotor e o grafismo apresentam ótimos resultados.
Como exemplo de atividades, podemos destacar os exercícios grafomotores (labirinto e pontilhado) e pictogrĂĄficos (desenho, pintura e modelagem), a prĂĄtica constante da caligrafia, a adequação da postura bem como da posição das mãos e do papel, o uso de pincel e a verbalização das formas das letras.
Vale enfatizar que, quanto antes a disgrafia for detectada, menos ela vai impactar o desenvolvimento e o aprendizado do aluno. Por isso, é muito importante estar atento aos sinais e procurar ajuda especializada.
Fonte: Escola da InteligĂȘncia