A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) editou uma resolução para estender o tempo de graduação de estudantes que tenham doença crônica ou prolongada, deficiĂȘncia ou sofrimento mental. A medida também valerĂĄ para gestantes, para pessoas que tenham guarda de filhos com menos de 4 anos e para responsĂĄveis legais por cuidados a pessoas doentes ou com deficiĂȘncias. A iniciativa é inédita entre as universidades brasileiras e serĂĄ implementada a partir do primeiro semestre de 2024.
Batizada de Regime AcadĂȘmico Especial para PermanĂȘncia (Raep), a medida buscar combater a evasão escolar entre esses grupos, fornecendo mais tempo e suporte para que os estudantes consigam se formar. A iniciativa jĂĄ estava prevista desde 2018, mas somente agora foi regulamentada por meio de resolução aprovada no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da universidade.
O Raep poderĂĄ ser concedido por até dois perĂodos letivos, com possibilidade de renovação, ou durar todo o curso de graduação em casos de condição permanente ou prolongada. Os estudantes inseridos no novo regime terão o aumento automĂĄtico no tempo mĂĄximo de integralização, com acréscimo de metade do total de perĂodos letivos para os quais foi concedido o Raep. Ou seja, o estudante que ingressar no Raep por dois semestres, terĂĄ um semestre adicional para avançar nos seus estudos sem risco de ter sua matrĂcula cancelada.
Além disso, outra mudança que beneficiarĂĄ esses alunos serĂĄ a reinclusão administrativa automĂĄtica na primeira ocorrĂȘncia de desligamento por desempenho acadĂȘmico insuficiente. De acordo com a universidade, trata-se de uma iniciativa que se insere no conjunto de polĂticas de inclusão.
A requisição do Raep deverĂĄ ser feito pelo estudante junto aos colegiados dos cursos. O processo de avaliação e de concessão serĂĄ conduzido com a participação de uma rede de apoio e com acompanhamento de nĂșcleos de acolhimento.
Fonte: AgĂȘncia Brasil